Homilia Pe. Vieira - Vigília Pascal

    Hoje celebramos a mais importante de todas as solenidades. A “mãe” de todas as celebrações litúrgicas. Além disso, “durante o Sábado santo a Igreja permanece junto ao sepulcro do Senhor, meditando sua paixão e sua morte, sua descida à mansão dos mortos e esperando na oração e no jejum sua ressurreição”.

    Ora, nesta Solene Vigília, abençoa-se o fogo novo e é preparado o Círio Pascal, onde este é a presença do próprio Cristo, nas palavras de Santo Agostinho: “iniciamos esta Noite santa acendendo uma luz nova. Por esta luz que ilumina a nossa noite poderemos resistir e impedir que as trevas da noite voltem de novo a nos invadir. Por isso, é importante encher de luzes esta noite e não deixar a luz do fogo se apagar.

    Que a luz desta noite bendita ilumine não só o exterior mas o mais íntimo de cada um. É nesta noite que Deus realiza conosco a profecia do salmo que canta: ‘Para ti, as trevas não são trevas, a escuridão não é mais escuridão. A noite brilhará como o dia’” (Santo Agostinho)

    É nesta Noite Santa, que o Cristo desce a Mansão dos Mortos toma Adão pela mão e diz: “Acorda, tu que dormes, levante dentre os mortos, e Cristo te iluminará. Eu sou o teu Deus.

    A Igreja celebra o Mistério central da nossa fé na Páscoa: a Ressurreição de Nosso Senhor Jesus Cristo. Sem isto, não existe salvação dos pecados, não existem sacramentos, não existe Igreja. A belíssima liturgia deste sábado santo nos apresenta toda a história da salvação – com todos os seus altos e baixos: criação, pecado original, alianças feitas por Deus e rompidas pelo homem, travessia do Mar Vermelho etc. – como tendo um sentido aos olhos de Deus. Nada foi desprezado. Quando olhamos para a nossa própria vida, muitas vezes ficamos sem entender como Deus pôde estar ausente em dado momento ou como ele pôde tolerar tal situação ou por que permitiu que isto ou aquilo acontecesse. A Solene celebração da Ressurreição de Cristo afirma enfaticamente que Deus superar – em muito – nossa capacidade de compreender o sentido da vida. Ao ressurgir dos mortos ele ascende a chama da vida – representada pelo círio pascal – onde antes imperavam as trevas. Até as testemunhas oculares das aparições do Ressuscitado têm dificuldade em entender como a graça de Deus é capaz de romper o que para nós parece impossível: dar vida a um morto!

    A Páscoa é a vitória do amor, do bem e do perdão sobre o ódio, o mal e o ressentimento. Se Cristo ressuscitou, devemos amar, buscar a santidade e perdoar, em imitação de Nosso Senhor. A melhor celebração – de fato, a única aceitável – da Páscoa é a sua interiorização pessoal e manifestação visível através de nossos atos. Que Nosso Senhor Jesus Cristo faça de cada um de nós uma testemunha vida de sua Ressurreição.

    Nesta noite santa da Vigília Pascal vejo os rostos de tantos irmãos e irmãs doentes, especialmente os que estão sozinhos e recebem poucos cuidados; e também todas as vítimas de guerras e violência, escravidão e perseguição. Como cristãos-católicos, devemos nos confiar a Jesus crucificado, confiar na força que vem Dele a fim de enfrentar todas as provações com fé, esperança e amor, na certeza de que o Pai sempre ouve os seus filhos que clamam a Ele e os salva. Tendo vivido a Paixão de Cristo, nesta noite santa experimentamos a graça e a alegria da ressurreição do Senhor Jesus.

    Assim, o Sábado Santo é a noite que fortifica a nossa fé na Ressurreição de Cristo, “pois eis agora a Páscoa, nossa festa, em qual o real Cordeiro se imolou, marcando nossas portas, nossas almas, com Seu divino sangue nos salvou”.

    Feliz e abençoada Páscoa, particularmente, a todos os nossos paroquianos colaboradores, coordenadores de pastorais, movimentos, setores, comissões e funcionários que de maneira missionária lutam pelo Reino de Deus irradiando luz que é Jesus, testemunhando seu projeto e amor que ele nos ensinou: “Amai-vos uns aos outros como como vos amei”.

    Feliz e abençoada Páscoa aos que estão de maneira heroica cuidando dos doentes nos hospitais. Aos médicos, enfermeiros e administradores hospitalares, voluntários, os Vicentinos, obras socias, o grupo coração misericordioso que preocupam com a alimentação dos pobres e os passam necessidades nesta pandemia da Covide 19, a minha gratidão pelo seu heroísmo, que é sempre sinal de Páscoa, de vitória da doença pela vida plena!

    CRISTO NÃO MORREU, ELE ESTÁ VIVO EM CADA UM DE NÓS E NA HUMANIDADE.

    Padre Vieira

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