Homilia Pe. Toninho - 22 e 23/05/2021

    pentecostes

    Santo Agostinho ensina, no sermão de Pentecostes: “Aquilo que o nosso espírito, a saber, a nossa alma, é para os nossos membros, o mesmo é o Espírito Santo para os membros de Cristo, para o Corpo de Cristo, que é a Igreja” (Serm. 267,4). Por isso, o Papa Leão XIII (1810-1903) chamou o Espírito Santo de “alma da Igreja”.

    Hoje é a Solenidade de Pentecostes. Esta era uma festa judaica muito antiga, que acontecia no verão, marcando o fim da colheita do trigo. Ela era, também, chamada de “Festa das Semanas”, uma vez que acontecia sete semanas após a Páscoa, portanto, cinquenta dias depois (Ex 34,22; Tb 2,1; 2 Mcb 12,32).

    Junto com as festas da Páscoa e dos Tabernáculos, esta era uma das três festas, em que os judeus deviam ir ao templo de Jerusalém, o que explica a grande quantidade de pessoas presentes na cidade, de vários lugares e com línguas diferentes, conforme narrado na primeira leitura desta solenidade.
    Lucas faz coincidir, no livro dos Atos dos Apóstolos, a vinda do Espírito Santo, com esta festa judaica e, por isso, o nome de “Pentecostes” atribuído a esta Solenidade. Descendo em forma de línguas de fogo sobre cada um, o Espírito transforma um grupo de discípulos medrosos, em audaciosos anunciadores do evangelho.

    João, por sua vez, no evangelho, diz que o Espírito Santo foi SOPRADO sobre os discípulos, na própria manhã da Páscoa, porque a sua vinda se deu na cruz, na qual Jesus “entregou o Espírito” (Jo 19,30). Diferente dos outros evangelistas, que usam a pomba como símbolo do Espirito Santo, João prefere utilizar o símbolo da ÁGUA, como na liturgia da Vigília de Pentecostes (sábado), que nos faz lembrar a água que jorra do Templo e dá vida por onde passa (Ez 47). Outro símbolo utilizado por ele é o SOPRO, como “o vento que sopra onde quer” (Jo 3,8), o que nos reporta ao sopro de vida do Criador, nas narinas do homem, que havia formado com o pó da terra (Gn 2,7). Portanto, soprando sobre os apóstolos, Jesus lhes comunica a VIDA e os tira da situação de medo em que se encontravam.

    Pedimos hoje que este Espirito se derrame em cada um de nós, seja soprado sobre nossa comunidade, fazendo-nos abertos a todos e ousados anunciadores da mensagem de Jesus. Nós sabemos, como afirma Paulo, na segunda leitura, que “a cada um foi dada a manifestação do Espirito, para o bem comum” (1 Cor 12,7), e queremos, por isso, colaborar para o bem de todos, colocando à disposição os dons com os quais Ele nos agraciou.

    Pe. Toninho

    © 2024 Paróquia São Sebastião - Diocese de São José dos Campos.
    R. José Molina, 20 - Vila Industrial, São José dos Campos - SP, 12220-300
    Atendimento Paroquial: Seg. - 13h às 17h | Ter. à Sex. - 8h às 17h | Sáb. - 8h às 12h / WhatsApp (12) 3929-2559 / Telefones;. (12) 3912-2793 - (12) 3912-2627